17 de dezembro de 2010

CATARSE EMOCIONAL ANUAL ...

                         
Chega final de ano é sempre a mesma coisa: balanço do que fizemos ou deixamos de fazer.
Engraçado como o tempo passa e persistimos sempre no mesmo hábito: o de ficarmos nos cobrando sobre aquilo que deveria "ser e não foi " ...
Perdi um tempo enorme essa semana pensando nesse tema. Não sei se as decisões que tomei ao longo desse ano me foram satisfatórias ... Ainda me pergunto se foram!
Essa catarse emocional que faço a cada fim de ano me dá a falsa sensação que posso sempre recomeçar do zero e sem olhar pra trás . Há sempre novas e boas possibilidades ... 
Há mesmo ?!

Algumas coisas me perseguem há algum tempo. Decisões tomadas de forma aleatória que hoje me cobram outra atitude. Sinto que pra certas coisas, tomei o rumo errado. Não sei se é arrependimento ou se é frustração batendo por não ter feito melhor, dado o meu melhor.


"Passei mais um ano meio que entorpecida: achei melhor sentir o vento me levar" 
Já dei muito de mim e ainda continuo me cobrando...
Não quero passar meus dias rememorando coisas que já foram decididas e findadas, mas há certos fantasmas que insistem em voltar a me assombrar e pedem que eu reconsidere atitudes já tomadas; e que não puseram fim à algo que já julgava extinto.

"Não sei por quê sua ausência insiste em me incomodar "... 

Nada é como antes ...
O carinho voltou a ser vago, vazio... impessoal.
Persisto, insisto... NÃO DESISTO!
Não sei o por quê de ainda acreditar que exista um ... NÓS! se é que já houve um dia...
Certas coisas são difíceis de explicar, mas elas existem e cobram sua presença de forma latente.

"A lembrança mais doce, o sorriso mais lindo que alguém pode ter "...

Não lamento, só emudeço de tristeza.
Não choro, só sinto pesar.
Nunca amaldiçoaria o dia que pus os olhos em ti ... Recuperei-te no tempo!
Nunca mudaria meu rumo, estou sempre disposta a te encontrar por aí...
Seus olhos gelaram emoção; os meus ainda vagueiam lampejantes pelas madrugadas insones. 

" Tudo vem, tudo vai... como as ondas do mar ! Aprendi com que dá pra sorrir também se pode chorar" ...
Outro dia me perguntaram o que faz meu coração pular e meus olhos brilharem ...
Não titubiei e respondi: ALGUÉM! 
Me perguntaram ainda : e você,  mora nele ?
Respondi: Não sei, mas sei que ELE mora em mim ... 
Já me pediram abrigo na alma e no meu coração, mas esse ALGUÉM se recusa a sair... 

"Eu nunca soube o que queria realmente até encontrar você. Me deu vontade de recomeçar minha vida de novo "...

Premissas, premissas, premissas ... NENHUMA CERTEZA!
MUITAS inferências...
Retrocesso de imagens marcantes, um monte de retalhos de emoções...
Muito gostaria de esquecer, muito gostaria de marcar no tempo, congelar imagens e sentimentos... ficaram na minha íris ;  mas preferiria tatuar no corpo e na alma pra jamais se perderem.
O resto se foi ...

"Há tantas histórias pra contar de novo ... não dá pra viver assim: sem você, sem mim ! "

Não quero reviver tudo isso, quero apenas guardar lições !
Não entendi muita coisa ainda ; só vivi experiências marcantes no corpo e na alma.
O resto é nada ! ficam as marcas e cicatrizes então... pra lembrar o que foi.
Não procuro saber nada! ninguém há de me dizer o que eu realmente gostaria de saber.

" Foi pouco que restou do muito que existiu... "

Não há substituto ? não sei ... 
Há felicidade ? talvez ...
Chora ? não mais.
Sorri ? algumas vezes...
Lamenta ? freqüentemente... 
Sente raiva ? sim ...
O que espera ? resiliência .

"Foi pouco que restou do tanto que existiu ... O que restou ? recordações e nada mais ..." 

Não programo nada: não se programa destino !
Sento e espero? Não! muito que batalhar ...
Dúvidas e descontentamentos pairam no ar.
Tempo de pensar, planejar, aguardar momento de agir e lutar ...

********** A VIDA É ASSIM . **************

SILOGISMOS não tem contexto lógico.
A VIDA é SILOGISMO.

O contexto´pessoal' de nossas idéias é que causam marcas no mundo. NOSSAS PEGADAS no chão, para serem seguidas...
MAS SUA PEGADA CONTEXTUAL É PESSOAL E INTRANSFERÍVEL...
SUAS IDÉIAS TAMBÉM...