30 de março de 2010

O SILÊNCIO...

SILÊNCIO  -  (NX Zero)


E se eu te disser que ainda me sinto mal
Sabendo quem você quer
Sabendo o que te faz feliz
E se algum dia eu te ver como alguém normal
Sabendo quem você é
Sabendo que nunca quis
Ficar junto de mim
Pra sempre eu vou pedir...

(Refrão)
Eu só queria uma chance pra falar (quebrar o silêncio)
Verdades que você nunca quis escutar (que guardo em meu peito)
E se o que eu sinto é tudo que você quer (abra seus olhos)

Porque você procura em outro alguém qualquer?

Eu sou o disco que você não quer mais ouvir
Sabendo que vai doer
Sabendo que é sobre você
Eu sou a história que você não quer mais contar
Sabendo que é sobre nós dois
E o que aconteceu depois
O nosso fim
Pra sempre eu vou pedir...
(refrão)


Difícil externar o que se passa dentro de mim, nesse momento. O silêncio às vezes pode ser ensurdecedor, quando precedido de palavras que retumbam em nosso ouvido interno ou gritam sem cessar, verdades inexatas mas de grande senso crítico ...
Difícil tentar descrever o que sinto neste momento. Esse silêncio é de arrasar, assustador !
O barulho da chuva lá fora me deixa meio atordoada. Traduz o silêncio de fora e o vazio de dentro,  calando qualquer som exterior e ulterior. Sei que tu andas por aí em algum lugar, procurando ainda, uma forma de se adequar, de se encontrar nesse mundão tão inconstante, tão alheio às tuas dúvidas e anseios!
Você vive buscando se resolver,  mas dentro de si mesmo.

Nunca fostes o tipo de pessoa que costumava divagar sobre o que sentias.
E eu achava que com todo meu bom senso e equilíbrio adquirido em anos e costumes, te fizessem perceber que o que sentias, e como sentia, poderia ser a avassaladora saída pra tuas insatisfações. Tu até que estavas no caminho certo, mas faltavam alguns ajustes: faltava apenas externar o que  verdadeiramente sentias dentro de si mesmo.

Costumávamos rir de nossas divergências intelectuais, mas nos sintonizávamos  nos gostos pessoais, nas loucuras insensatas, nos rompantes devassos, acredito eu ...
Construí muitas vezes no teu silêncio, planos pra nós. Eu achava que estava no caminho certo. Pois nossos silêncios se completavam! Era um pacto silencioso de entendimento que eu acreditava ser de grande afeição, carinho, cuidado... sintonia apenas!
Mas...
Alguém chegou e desmoronou tudo...
Alguém se foi, e nada voltou a ser como era antes ...
Alguém ainda espera ansioso por novos acontecimentos, devida paciência; que sua tão famigerada pânria se arrefeça!

Eu tinha fé e achava que esse súbito silêncio teu, era momentâneo. Era a acústica perfeita do seu retorno permanente e tão aguardado.
OPSSSSSSS! me enganei...
E ainda me pergunto: - Como pude me enganar tanto ?!
Desafio a qualquer um(a) montar esse quebra-cabeça tão volátil chamado VOCÊ, melhor que eu !!!
Nada que eu diga ou faça, poderá mudar tudo isso : porque depende hoje, mais de atitudes suas do que de minhas palavras....

O mais engraçado disso tudo é que eu previ a chegada das pessoas envolvidas, o desenrolar da trama, mas não previ o desenlace dessa história tão bem engendrada pelo destino. Não endossarei essa história que se reescreveu sozinha... nem poderia! Seria meu fim...

Pode parecer meio sem sentido isso tudo. Mas esse súbito silêncio teu, nunca poderia ser interpretado de outra maneira : teu silêncio é tua renúncia!
Nesse caso, não me enganei. Entendi bem o significado dele.
Tua renúncia é abdicação de um amor que não pode ser doado ou sentido por você.

Você dia desses, me perguntou se eu tinha mesmo desistido de você. Como desistir se o teu silêncio, já havia falado mais alto e por nós dois?!
Dei a resposta devida... bastaria você interpretá-la. Acredito eu,  que a tenha entendido.

Sempre me achaste uma louca! e eu até entendo essa minha loucura santa. É santa, porque está escrita de trás pra frente... por isso não tem sentido algum pra você. É oriunda de um passado, que retornou sozinho pra reclamar o que já estava determinado. Talvez eu já tivesse chegado tarde ao meu destino, e tu , perdido a viagem ...(ainda não sei bem onde erramos!)
Talvez nem queiramos saber ...

" DEIXO POR CONTA DO DESTINO, COMO FAZEM OS COVARDES E SONHADORES..."

Esse silêncio, já falou demais, magoou demais, deu evidências demais...torturou demais!
Não preciso buscar respostas... Elas vieram de uma maneira torta: " É tarde demais!"
Deixo ficar subentendido então...

Já gritei, chorei, implorei, rezei, briguei e  fiz as pazes com o teu silêncio.
Esperei que meus apelos, amor, afeto e carinho silenciosos, chegassem até você do jeito que sempre chegaram, que sempre nos comunicamos: com o nosso   "calar cúmplice "... Era a senha da tua volta.
Desta vez falhou.
Errei, talvez.

Será que ainda existe alguma chance pra nós????
(...)
Ainda é possível resgatar algo nesse teu silêncio???
(...)
O meu amor, por você, eu resgatei... eu resguardei...

Tá aqui, ainda...
(! ...)


19 de março de 2010

ESTAVA ESCRITO NAS ESTRELAS ...

"Foi assim, como ver o mar
A primeira vez que meus olhos se viram no seu olhar
Não tive a intenção de me apaixonar
Mera distração e já era momento de se gostar ...
(...)
Quando eu dei por mim nem tentei fugir
Do visgo que me prendeu, dentro do seu olhar
(...)
Sabia que era amor e vinha pra ficar
Daria pra pintar todo azul do céu
Dava pra encher o universo da vida que eu quis pra mim..."
                   ( TODO O AZUL DO MAR - FLÁVIO VENTURINI)

                                    Achei que o que estava escrito ninguém apagaria ou rabiscaria, a nossa história. Simplesmente, ninguém ousaria escrever por cima de uma verdade já escrita em um passado remoto, mas com determinantes de reencontro.
Era pra ser uma tela pintada, um registro no tempo,  impossível de ser esquecido ...
Era pra ser um reencontro festivo e tão ansiado...

Ilusões acontecem... impossível prever o amanhã, atos e atitudes: esses, impessoais.
A caminhada é longa, o esquecimento ajudou apagar das lembranças as escolhas pretéritas. Ela era a premissa, o nosso roteiro. 
Hoje há dúvida, no presente, do caminho a ser seguido: essa latente.
Achava que tinha finalmente encontrado o que tanto ansiava. Era bem segura a certeza...
Ela veio antes da sua chegada, se confirmou com comprovação de sua existência nesse plano.

Mas nada do que foi sonho, virou realidade!
A minha busca cessou... e as certezas se esvairam juntamente com a dor sentida e as escolhas aleatórias, a sua!
Nada será como antes... Se é que um dia algo realmente chegou a ser.
Não quero mais... 
SERÁ que eu ainda deveria querer?

Desistir é uma palavra muito forte.
Nunca abandonei lutas, promessas, pessoas, desejos e nem amores... nem desisti da minha felicidade.
Somente dei espaço pra que seguisses em frente; deixei a porta aberta pois nunca ousaria fechá-la, sequer pra você.
Sempre estive aqui! fiquei aqui, ao longe, observando seus desvairos em série. Tentei salvar-te em vão!
Talvez se recorde de tento, de sempre ver minhas mãos estendidas pra você; e nunca o dedo ameaçador em riste ou em sua direção.

O verdadeiro amor é prova de gratidão, de desapego, de dor contida mas de mágoas perdoadas.
A simples vontade de querer bem, de ver a felicidade do outro mesmo que a sua pereça .
Você nem sabe o por quê, mas a certeza de que essa é a atitude certa, vem de algum lugar dentro de você. Isso te fortalece e te dá alento ...
Em detrimento daquilo que sentes, a dor causada é sempre dissipada com um sorriso de alguém especial  ou somente com um surpreendente retorno inesperado de algo ou alguém já perdido.
Você sente que sua espera não foi em vão... mesmo que tenha levado anos.
Você sabe, no seu íntimo, que o verdadeiro amor espera, uma vez mais...

A sua felicidade não está intrísica a pessoa que você ama: ela, a pessoa, é apenas o complemento.
A sua felicidade é seu estado de espírito , não a presença de alguém em sua vida.
Às vezes se precisa uma eternidade pra se saber e comprovar isso...
Está escrito nas estrelas e geralmente vem marcado no seu coração, através de suas muitas existências.









10 de março de 2010

O JOGO DA VIDA

" Eu sei da sua vida e do seu passado, de um tempo perdido, irrecuperado
Eu sei da poeira de todos os seus passos, das suas trapaças, dos seus abraços.
Eu sei da sua fama e dos seus amores, das suas proezas, dos seus dissabores,
da cor da sua roupa, do seu pouco valor... você nessa vida foi só desamor ..."

                                  A vida nos prega peças, nos instabiliza, nos faz mentir, trapacear, blefar, desafiar a sorte como num eterno jogo com o destino.
Mas nunca jogamos sozinhos! O adversário é sempre uma surpresa ou nem sempre está à nossa altura! Podendo ser um amigo, inimigo, o amor e o desamor.
Nem sempre se ganha o jogo, mesmo vencendo  a partida!
É uma matemática estranha, a única inexata e sem teoria de probabilidades aparentes.
Você aposta em situações, em pessoas, atira seus dados, cruza os dedos e expõe a sua vida e seu destino à essa jogada com o destino.
Esquece que os que estão no páreo nem sempre são sugestionáveis ...

O vencedor nem sempre leva tudo! mas resta algum tipo de prêmio de consolo, talvez ???

Não há como apostar alto no jogo da vida e sair como um vencedor incólume. ELA, a VIDA, na maioria das vezes limpa a "banca" e te deixa de mãos vazias e olhar perdido.
Já fiz apostas absurdas e não ganhei. Já ganhei naquele "blefe" o que eu sequer pretendia. Já perdi no jogo,  o do amor, quem mais amei ...

Impossível fechar jogadas, quebrar a banca, ganhar com liquidez! a vida não nos permite.
Você tenta apostar naquilo que vê: aí começa o "jogo" da ilusão! Apostei, joguei todas as minhas fichas, blefei com sabedoria, ganhei e não levei ...
Meu prêmio? foi sua ausência ...
Por quê ????

Nunca tive adversárias à minha altura ... então qual a vantagem de se jogar sozinha?
Não hei sequer falar em jogadas escusas. As suas esconderam seus segredos e real caráter.
O meu jogo contigo sempre foi limpo! Talvez tenha sido esse meu erro!
Desafiei minhas adversárias com a minha astúcia, elas saíram do tabuleiro, como peças "comidas" que foram descartadas e eliminadas do jogo. Foram jogadas espetaculares! E o meu "prêmio" preferiu a perdedora; não a vencedora! Inteligência e sagacidade não são requisitos valorizados em uma boa jogadora pelo visto.

Tudo que fiz foi em busca da verdade: você jamais diria o que eu realmente gostaria de saber...
O jeito mais fácil de se saber a real verdade, não é jogando com a sorte ou à desafiando, esperando que ela se apresente pra você.
O segredo da verdade não está apenas na descoberta ; está em você partir em busca, ir até ela e achá-la e mostrá-la pro mundo.
Feito!
Descobriram quem realmente é você : UM PERDEDOR NATO e NEFELIBATO !

"Conheço as paredes, que guardavam segredos
E ações que por si não cobriam seus medos
A sua missão, as suas vontades, razões que confirmam as duras verdades " ...

As pessoas surpreendem ... a verdade surpreende... E me surpreendeu: Você é um jogador inábil e incauto.
Não quero mais...
O jogo da vida é surpreendente !
(Nenhuma novidade nisso...)
A novidade está no fato de você driblar os acontecimentos, tirar o Às da manga e derrubar seu adversário no jogo, pela surpresa. Mas nada de golpes baixos! Use o intelecto, com sabedoria.

Percebi que é mais fácil descobrir a verdade, do que ocultar uma mentira ...
Suas jogadas escusas não te fizeram esconder que realmente você é . Não há como blefar mais...
Você errou ao menosprezar seu adversário de jogo. Apesar de tudo, venci. A verdade venceu.
A ajuda na VIDA que realmente necessitas, não virá mais... será seu julgo e castigo!

Os bons jogadores, sabem blefar na hora certa! Os perdedores se aniquilam por orgulho e negligência...

"Eu sei hoje em dia da sua vergonha, de olhar quem te olha, responder quem te chama
Pra quem te conhece você é ( ...)
Pra quem nunca te viu, hoje quer te amar..."

O que perdi é irrecuperado, e o tempo não volta atrás.
O que perdi não pode ser mensurado e é insubstituível.
O que perdi , talvez ninguém mais dê o devido valor .
O que você perdeu com sua soberba e orgulho, te fará falta depois. O tempo é implacável e te cobrará isso na hora certa.
Esse jogo pra nós, ficou sem vencedores. Mas a perda, foi somente sua...
Você verá !